545933350360506
top of page

O futuro das crianças comprometido

  • Foto do escritor: Dr. Odarlone Orente
    Dr. Odarlone Orente
  • 8 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

A pandemia de Covid 19 impactou muito além da morte de mais de 632 mil pessoas no Brasil, e ameaça o direito à dignidade no futuro das nossas crianças que não puderam ser alfabetizadas.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, demonstrou que a cada 25 crianças de seis e sete anos, em 2019, seis não aprenderam a ler e escrever; em 2020, este número foi de oito crianças; e, em 2021, foram dez crianças.

Isso significa um salto de 1,429 milhão (25,1% das crianças nesta faixa etária), em 2019, para 2,367 milhões (40,8%), em 2020. Com o agravante que, no ano passado, estas crianças quando pretas representavam 47,4% do total, pardas 44,5% e brancas 35,1%. Em 2019 nenhum destes números era maior que 30%. O crescimento do analfabetismo ainda para o mesmo púbico foi maior entre as crianças brancas com 88,5%, 69% das crianças pretas e 52,7% das crianças pardas.

Além de estarmos registrando o aumento inaceitável de mortes de crianças pela Covid 19 em virtude da vacinação ter sido liberada apenas recentemente e muitos pais estarem negando o direito à vacina de seus próprios filhos, os dados da avaliação da PNAD Contínua revela que nossas crianças estão prejudicadas no seu direito à saúde e educação que são garantidos pela Constituição Federal.

As desigualdades econômicas e sociais estabeleceram um destino muito mais desafiador para os pequenos que viveram as dificuldades no acesso às aulas remotas e aparelhos eletrônicos que pudessem facilitar acompanhar as tarefas escolares. Coube aos pais assumir a responsabilidade pela didática do aprendizado quando não estavam preparados para isso.

De agora em diante, com estes e outros dados em mãos, cabe aos governos estabelecerem políticas educacionais que busquem compensar este atraso no conhecimento. E este deve ser um compromisso da sociedade para que no futuro conquistemos uma educação de qualidade para todas as crianças que vão construir nosso país. É urgente, postergar não pode ser uma opção. Portanto, em ano eleitoral, é preciso exigir dos candidatos que a educação e a saúde sejam sempre prioridade.




ree

 
 
 

Comentários


Adhoc Comunicação
bottom of page