Pobreza Menstrual

As andanças que a Medicina de Família e Comunidade exigem me faz encarar situações que refletem a realidade do brasileira.

Numa delas, visitei uma família bastante carente. Faz parte observar as condições de vida, moradia e alimentação, se podem comprar medicamentos, se têm acesso aos serviços de saúde, sociais e de educação.

Me deparei com uma jovem mulher cuja família não tinha dinheiro para comprar absorvente higiênico.

Na noite de ontem (02/05/21), o programa Fantástico exibiu uma matéria sobre este assunto, com depoimentos de meninas e mulheres que sofrem com a falta de informação sobre seu próprio corpo e a menstruação e as dificuldades para comprar o absorvente.

Considero fundamental que absorvente higiênico seja considerado gênero de primeira necessidade, fornecido pelo poder público, em situações semelhantes.

O uso de objetos para estancar a menstruação que não sejam específicos para tal podem levar a doenças e constrangimentos que nenhuma mulher deve ser exposta.

É uma questão assistencial e de saúde indiscutíveis.